Em relação à prevalência de TDAH, as pesquisas diferem bastante, variando de 2 a 8% das crianças. Para o diagnóstico, o início deve ser antes dos doze anos de idade.
Os sintomas são agrupados em dois domínios: desatenção e hiperatividade/impulsividade. Para o diagnóstico, sugere-se que sejam necessários seis sintomas de cada um dos dois grupos.
Desatenção:
1. frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros em tarefas.
2. tem dificuldades em prestar atenção em tarefas e brincadeiras.
3. parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra, parecendo estar com a cabeça longe.
4. facilmente perde o foco e o rumo em tarefas.
5. tem dificuldades em seguir instruções.
6. tem dificuldades em se organizar: não cumpre prazos, perde compromissos e pertences pessoais estão sempre muito fora de ordem.
7. evita tarefas e atividades que exijam esforço mental prolongado.
8. frequentemente perde coisas: chaves, carteira, dinheiro, tarefas prontas.
9. facilmente distrai-se com estímulos externos ou pensamentos aleatórios.
Hiperatividade e impulsividade:
1. frequentemente mexe as pernas, batuca ou se contorce na cadeira.
2. levanta da cadeira frequentemente, quando deveria ficar sentado.
3. corre ou sobe em coisas ou sente-se muito inquieto.
4. tem dificuldades em se envolver em atividades de lazer calmas.
5. não consegue ficar parado, o motor está sempre ligado.
6. fala demais.
7. não consegue aguardar a sua vez de falar.
8. fequentemente interrompe ou se intromete em conversas.
Podem ocorrer atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, especialmente linguagem e coordenação motora. Entretanto, em geral são atrasos leves.
Em torno de 50% das crianças afetadas apresentam um ou mais transtornos simultaneamente. O TDHA é comorbido aos mais diversos tipos de patologias mentais, tais como autismo, deficiência intelectual, transtorno de conduta, transtorno desafiante opositor, transtornos de aprendizagem, depressão e ansiedade.
As causas não são bem conhecidas, porém sabe-se que a hereditariedade é um fator muito forte.
Em relação ao prognóstico, em torno de 50% mantém o diagnóstico na adolescência e 25% na idade adulta. Adultos com TDAH em geral apresentam menos hiperatividade.
O tratamento preconizado é psicoterapia. No caso de a psicoterapia não funcionar, ou em casos mais graves, estão indicados medicamentos estimulantes, tais como metilfenidato.
Médico psiquiatra em Florianópolis, atende crianças, adolescentes, adultos e idosos.