Estima-se que aproximadamente 5% das pessoas adultas sejam portadoras de fobia social. Considerando que a população brasileira atual é de 203 milhões, e destes 60% são adultos, hoje existem 6 milhões e meio de fóbicos sociais em nosso país. Isto faz desta condição o terceiro transtorno psíquico mais comum, ficando atrás apenas de depressão e dependência de álcool.
Como em outros transtornos de ansiedade e de humor, atinge mais o sexo feminino, numa proporção de 1,25 mulheres para cada homem. A idade média de início é 13 anos de idade, com 75% dos portadores manifestando o diagnóstico entre 8 e 15 anos. Surge mais precocemente quando comparado a outros transtornos ansiosos e é raro iniciar na idade adulta.
Em geral existe uma grande dificuldade por parte do portador em perceber que a fobia social é uma doença. Pelo fato de o transtorno iniciar muito cedo, é comum acreditar tratar-se de um traço de personalidade não passível de mudança.
Estima-se que até 50% das pessoas acometidas não procuram tratamento, ou seja, metade dos portadores passam muitos anos de suas vidas em grande sofrimento, o que poderia ser evitado. É comum que após o início do transtorno a busca por ajuda médica ocorra somente após 15 a 20 anos. O preconceito em relação a transtornos psíquicos colabora imensamente para este atraso no início do tratamento.
Os prejuízos decorrentes da patologia são inúmeros. Curiosamente portadores de fobia social tendem a não perceber as grandes limitações que os sintomas impõem no funcionamento do seu dia a dia e na sua qualidade de vida. Problemas financeiros, prejuízos no trabalho e até incapacidade laboral, baixa performance acadêmica, evasão escolar, rede pobre de suporte social e uso abusivo de álcool e drogas são alguns exemplos das consequências negativas.
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Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves – psiquiatra em Florianópolis
Atende crianças, adolescentes, adultos e idosos.
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